Câmara de Natal apoia federalização da educação e Moção de Repúdio à MP 665 !

por Antonio Daniel da Silva publicado 08/05/2015 09h00, última modificação 08/05/2015 09h00
Proposta prevê a padronização na formação de professores e a organização de um currículo nacional.

O Plenário da Câmara Municipal de Natal decidiu, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (7), apoiar a mobilização pela criação de uma carreira federal docente. Na ocasião, foi aprovada uma carta aberta que será enviada à Presidenta da República Dilma Rousseff (PT). A proposta prevê a padronização na formação de professores e a organização de um currículo nacional, além da construção de uma rede de escolas, a partir da adequação das redes já existentes.

De acordo com a vereadora Eleika Bezerra (PSDC), que encabeça a campanha no Rio Grande do Norte, a intenção é garantir o atendimento da Educação Infantil ao Ensino Médio, seguindo um padrão que assegure os resultados de aprendizagens e desenvolvimento humano da população. 

"Trata-se, também, da consolidação de uma Carreira Nacional do Magistério, a ser caracterizada enquanto carreira nacional de Estado com salários que possibilitem ao profissional trabalhar numa única escola", disse Eleika, lembrando que o movimento propõe a ampliação da atual rede de escolas federais, seguindo um padrão de estruturação compatível com a meta de colocar o Brasil no centro da revolução científica e tecnológica.

Moção de Repúdio à MP 665

Os parlamentares ainda acataram requerimento encaminhado pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU) para uma Moção de Repúdio a aprovação nesta quarta-feira (6) do texto-base da Medida Provisória (MP) 665 na Câmara dos Deputados (252 votos a favor e 227 contra). A medida vai endurecer as regras de acesso ao seguro-desemprego e abono salarial e seguro-defeso. Um dos principais pontos do texto é a ampliação do tempo de trabalho necessário para a requisição do seguro-desemprego (de seis para 12 meses).

"Vemos que a presidenta Dilma Rousseff penaliza os trabalhadores em situação de maior vulnerabilidade. Essa foi a primeira medida legitimada pela maioria dos deputados federais do pacote de ajuste fiscal do governo federal, elaborado pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para agradar aos banqueiros e aumentar o superávit primário. Por ocasião da visita dele a nossa cidade, manifestamos nosso repúdio a esse ataque contra o povo trabalhador", defendeu Amanda Gurgel.

 

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