Saques do FGTS cresceram 16,2%, principal motivo são as demissões sem justa causa.

por Antonio Daniel da Silva publicado 24/08/2015 10h36, última modificação 24/08/2015 10h36

O aumento do desemprego fez com que saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cresceram 16,2% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2014. Foram retirados R$ 48 bilhões nos seis primeiros meses de 2015, contra R$ 41 bilhões no ano passado. A demissão sem justa causa é o principal motivo para esse avanço, somando R$ 31 bilhões, ou 65% do total.

Especialistas recomendam que quem sacou o Fundo e tem condições de guardar o dinheiro poderá investir em produtos com rentabilidade bem mais atrativa. Isso porque o FGTS rende hoje 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), contra 9,56% da inflação acumulada em 12 meses. Em capitais como Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre, a inflação já supera 10%. Desde 2003 o dinheiro acumulado ao longo da carreira profissional não era tão corroído pela alta generalizada de preços.

O trabalhador só pode resgatar seu FGTS em situações como demissão, aposentadoria e na compra da casa própria. Em caso de demissão sem justa causa, a empresa dá uma chave de identificação ao trabalhador. O documento é necessário para a solicitação do saque do FGTS em até 90 dias.

 

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